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Ponto Braguez

É benzida a Capela de São Bentinho, junto à parede do Hospital de São Marcos

Foi no dia 24 de dezembro de 1755 que foi solenemente benzida a Capela de São Bentinho do Hospital, também conhecida pelo “São Bentinho de trás do Hospital” que “trouxe saúde a quem estava mal”, tal como entoam os seus muitos devotos romeiros.
Propriedade da Misericórdia de Braga, e anexo ao edifício do antigo Hospital de São Marcos, este exíguo espaço de culto será, talvez, um dos mais relevantes lugares da religiosidade popular bracarense.

Advogado das “coisas ruins” e dos “males desconhecidos”, São Bento era especialmente evocado pelos que se viam afetados por maleitas que a medicina coeva não conseguia identificar e, por conseguinte, oferecer uma terapêutica adequada. Por isso mesmo, não estranhará o surgimento de um especial foco desta devoção associado a um hospital. Quantos mais as graças concedidas, maior costuma ser a popularidade de uma devoção. O resto da justificação desta devoção, depende, pois, da nossa crença.

Como começou, então, a devoção ao “São Bentinho de trás do Hospital”? Apesar de desconhecermos o fundamento que lhe deu origem, podemos situar no tempo este espaço de culto. Tudo começou com o surgimento de um painel em honra de São Bento, presumivelmente pintado na lateral poente do edifício do Hospital de São Marcos, no mesmo lugar onde hoje se encontra a capela. Pela documentação da Misericórdia, sabemos que algures na década de 1730 já existia esta evocação numa parede do Hospital.

Segundo Manoel Silva Thadim, a capela terá sido benzida a 24 de dezembro de 1755. Têm surgido alguns estudos que adiantam a possibilidade de a capela ser da autoria de André Soares, artista que nesse período efetuou alguns trabalhos para o Hospital de São Marcos. Não há certezas da sua intervenção, mas um olhar mais atento para o desenho do nicho que encima a capela concede-nos algumas garantias.

De reduzidas dimensões, a capela detém invulgar vitalidade. São inúmeros os devotos que ali abundam diariamente. Além dos habituais ex-votos deixados pelos devotos de São Bentinho do Hospital, curioso era o piedoso costume de deixar na sua capela alguns legados alimentícios, nomeadamente sal e, em especial, ovos. Servindo para o consumo hospitalar ou para a missão caritativa da Misericórdia, estes obséquios concederam a esta capela o epiteto de “galinha dos pobres”.

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